quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

19º capítulo

...
"367" a porta informava o número do quarto, olhei para a tela do celular e era o mesmo número que Luan havia me mandado na mensagem. Abri a porta do quarto com cuidado e coloquei meu corpo para dentro. Em uma poltrona Bruna dormia toda torta, parecia não se importar por estar naquela posição, tive que rir. Olhei para a cama me lembrando do motivo pelo qual estava ali e o vi, com seus olhos presos em mim abriu um sorriso. 
- am, oi - sorri tímida chegando ao seu lado
- oi - riu 
- o que esta achando engraçado? - ri 
- você - abriu um sorriso largo - esta com o ombro todo fodido - gargalhou baixo
não pude deixar de rir, contendo a risada encarei sua cabeça
- você não esta diferente de mim, pior que o ombro, é a cabeça fodida - nos encaramos por um momento e depois de perceber o duplo sentido da minha frase gargalhamos sem conseguir nos controlarmos. 
- o que esta acontecendo aqui? - bruna perguntou sonolenta se acomodando na poltrona que mal cabia sua bunda. 
- desculpa te acordar - murmurei tentando conter a risada - é que o seu irmão é muito idiota.. 
- eu? - perguntou me encarando 
- com certeza - o encarei e senti o pequeno clima que estava lá
- bom - bruna se levantou e se espreguiçou - já que me acordaram vou ver o que tem pra comer nesse hospital - coçou a cabeça e andou até a porta.
 parou por um momento e voltou sua atenção para nós que a olhávamos curiosos.
- perai - falou confusa - o que você esta fazendo aqui? - perguntou me encarando
soltei uma gargalhada 
- perdi o sono
 - e aqui paciente pode visitar paciente? 
- na verdade não - murmurei - mas ninguém sabe, a não ser você.. 
- oh entendi - ficou surpresa - se sua cama ficar vazia por muito tempo eu vou pegar ela - abriu a porta do quarto - fica esperta - me lançou um olhar perigoso e saiu rindo
 - quem é o irmão mais idiota? - perguntei rindo 
- já falei que não sou idiota - murmurou rindo 
notei que o assunto havia acabado.. 
- am, me desculpa por hoje mais cedo - o encarei 
- tudo bem - olhou para meu braço - a culpa também é minha por você estar assim.. 
- assim..? - perguntei 
- é -pausa- fodida - soltamos outra gargalhada novamente
- você não presta - sorri e acariciei seu braço - o que houve na cabeça? 
- eu fodi ela - murmurou sério e logo riu 
- é sério - contive a risada
- bati ela com força na porta
- porque? 
- talvez estava tentando te imitar para ficar fodido também
 - nem vem - ri - você se fodeu antes e depois eu me fodi 
- nem pra termos nos fodidos juntos - murmurou se lamentando
 soltamos uma gargalhada
- pode parar por ai 
...
No outro dia já pude sair do hospital. O médico pediu para que Luan ficasse internado para adiantar uns exames, pois o transplante seria no dia seguinte. Meu pai também já estava internado para se preparar para o transplante. Querendo ou não eu estava nervosa e tensa, por Luan e meu pai. Estava com medo de que não desse certo e acho que não era apenas eu que estava com receio. Marizete se mostrava forte na frente de Luan mas desabava quando ele não estava por perto. Durante o dia enquanto Luan fazia os exames saímos para almoçar, com muita insistência mari aceitou ir conosco. 
Fizemos nossos pedidos e enquanto não chegava ficamos conversando. 
- seu braço melhorou? - mari perguntou puxando assunto comigo enquanto Bruna falava com Guilherme e Amarildo. 
- melhorou sim - sorri - tenho uma pequena dor apenas no ombro - ri 
- também querida, que loucura foi aquela de se chocar contra aquela porta - riu 
- eu estava em desespero... - começamos a rir da cena
aos poucos ela foi desfazendo seu sorriso e abaixou a cabeça logo em seguida.
- esta tudo bem mari? - perguntei colocando minha mão sobre sua mão lhe oferecendo apoio 
- oh querida, esta sim - forçou um sorriso - só estou pensando em Luan - seus olhos lacrimejaram 
- vai ficar tudo bem com ele - falei apertando sua mão 
- obrigada - sorriu me olhando - só estou com medo, sei que Deus nunca falha e nunca irá falhar com minha família. 
- tenho certeza que não! O Luan é muito protegido, isto é apenas uma fase e em pouco tempo vocês estarão todos juntos em sua casa se divertindo como sempre - sorri 
Mari sorriu com os olhos imersos em lágrimas e aquele assunto me deixou comovida, me deixando com lágrimas no olhar também. 
- vejo que Luan gosta muito de você - falou olhando para baixo
- eu também gosto muito dele - sorri tímida 
- katy, você é a nora que pedi a Deus! - falou com sinceridade no olhar
- oh - fiquei surpresa - obrigada - ri sem jeito
- não precisa ficar assim querida, estamos entre família - falou sorrindo 
naquele momento me senti com uma família de verdade, não que eu nunca tive uma família assim, mas foram tempos tão difíceis que eu havia me esquecido como era ter uma família. 
- obrigada, de verdade - sorri - eu espero, fazer seu filho muito feliz - sorri a encarando 
ela me olhou surpresa já sabendo o que seria essa pequena indireta. Rimos e ela me abraçou. 
Quando nos soltamos Bruna e os rapazes nos olhavam intrigados 
- também quero participar desse abraço - a pequena loirinha saltitante saiu de sua cadeira e nos abraçou 
- eu ouvi e estou super feliz por vocês - murmurou em meu ouvido me fazendo rir 
- ainda não é nada certo - completei encarando elas
- mesmo assim - bruna falava animada - eu vejo no olhar de vocês o quanto estão apaixonados
- para com isso - ri tímida 
Terminamos o almoço e voltamos para o hospital, naquele dia nossa rotina foi assim. No final da tarde revesamos para mari ir tomar um banho e comer algo no hotel, ela queria passar a noite com Luan. Ele estava sedado e passava a maior parte do tempo dormindo, o ver naquela cama cheio de aparelhos só me matava por dentro. Se eu pudesse trocaria de lugar com ele. 
Durante a noite não consegui dormir, além da dor no ombro torcido eu estava dolorida psicologicamente. Já havia feito essa cirurgia e sabia que não seria fácil, ainda mais se não desse certo. Tentei não pensar muito naquilo e resolvi me distrair ouvindo músicas, acho que não adiantou muito pois tudo o que eu ouvia me lembrava Luan. Sabe aquele pequeno ditado que diz "quando as músicas românticas começarem a fazer sentido, se preocupe" pois é, parecia que elas haviam sido feitas para mim. Intrigante. 
Olhando minhas fotos no celular achei uma nossa juntos de algum tempo atras, ele havia tirado em uma câmera embaixo d'água, quando estávamos na piscina de sua casa. Não tendo nada de mais na mesma, resolvi posta-la no famoso instagram com um pequeno desabafo. 
"não te tenho aqui mas te sinto sempre comigo
não te vejo mas sei que esta presente em mim
não ouço você me chamar mas sua voz não sai da minha cabeça
vai dar tudo certo amanhã, Deus esta contigo amigo @luansantana"

Coloquei a palavra "amigo" no final para não criarem muita falação. Com receio apertei para enviar, fiquei observando os comentários e elas pareciam compreender.. Algumas até pediam para que ele tivesse força e saísse dessa logo, me emocionei. 
Pensando um pouco sobre tudo isso, estava disposta a aceitar o pedido de namoro de Luan, não havia como fugir, eu estava apaixonada por ele. 
Depois de muito pensar, adormeci. 
No outro dia acordei cedo, tomei um banho e me troquei, Bruna e Guilherme já estavam na mesa tomando café da manhã. Amarildo já estava no hospital resolvendo alguns papéis, Marizete havia passado a noite lá. 
- bom dia - murmurei dando um leve sorriso 
- bom dia - murmuraram calmos
senti o clima tenso e eu não sabia decifrar se era por causa da cirurgia ou por que estavam brigados.  
Chegamos no hospital e a cirurgia seria dali a 1h. Ficamos na sala com Luan e ele estava aparentemente bem, com todos o paparicando fiquei mais em meu canto, sorrindo quando sorriam para mim e fazendo cara de paisagem. Queria muito falar com Luan mas não seria capaz de expulsar a família dele do quarto, talvez esperasse ele fazer a cirurgia. 
Quando o doutor veio busca-lo para ir até a sala de cirurgia, meu coração se apertou, Bruna e Guilherme foram os primeiros a dar tchau para Luan, com os olhos inchados Bruna saiu abraçada com Guilherme que a lhe confortava. 
Marizete e Amarildo também, e confesso que até soltei algumas lágrimas quando vi até Amarildo chorando. Pude notar que Luan se controlava para não chorar também, mantendo sempre o sorriso sincero no rosto e dizendo a todos que daria tudo certo. Após sairem do quarto caminhei calmamente até a sua cama e o encarei. 
- não vai chorar - murmurou me olhando 
- eu não vou - ri com os olhos cheios de lágrima
- por favor - sorriu - será só uma cirurgia, você já passou por isso e se deu certo com você vai dar certo comigo também - acariciou minha mão 
- como tem tanta certeza? - perguntei deixando que as lágrimas caíssem
- porque eu preciso sobreviver para te fazer feliz - falou na maior sinceridade
se eu estava chorando, agora estava mil vezes mais. 
- luan - murmurei o abraçando com cuidado 
- oi - perguntou me abraçando também 
- eu te amo - o encarei e nossas bocas ficaram próximas
ele sorriu e num ato rápido selou nossos lábios 
- vai ficar tudo bem - colocou suas mãos em meus cabelos e me deu um longo selinho 
- eu sei que vai - sorri tentando lhe transmitir calma 
ficamos nos olhando por um breve momento até o doutor nos interromper levando Luan para a sala. 
- espera - murmurei encarando Luan - eu preciso te falar uma coisa
 - precisamos ir - o doutor insistiu 
Luan pediu calma para ele e me encarou me esperando falar
- e..eu aceito - o encarei
- você.. aceita o que? - perguntou tentando se lembrar de algo
- eu aceito ser sua namorada Luan!

******************************
chorando p sempre! kkkk 
ooooi meus amors, tudo bem com vocês? desculpem a demora, acontece que a bea aqui resolveu sair da vida de sedentária e mal ta parando na frente de um computador. 
E ai o que acharam?! Leitoras novas bem vindas suas lindas, não me abandonem rs ♥
o que será que vai acontecer? katy aceitou o pedido eeeêh!!! 
agora o luan só precisa sair vivo dessa cirurgia MUAHAHA brincadeira
amo deixar vcs curiosas!
duvidas, criticas, ideias, mandem pra ca!
espero que gostem ♥



domingo, 26 de janeiro de 2014

18° capítulo

Senti borboletas no estômago, todos os sentimentos me invadiram de uma só vez, como se eu pudesse reviver toda a minha vida em segundos, eu virei para trás e o vi ali, agora aparentemente mais velho e.. aquilo era alguns cabelos brancos?!
*flash back on* 
"-mamãe, mamãe - a chamava insistentemente 
- o que foi dessa vez katy? - sua mãe lhe olhava tediosa
- papai não vai jantar conosco hoje? - perguntava emburrada
- não - respondeu com dor no olhar
- mas ele nunca mais jantou com nós.. - murmurava a pequena criança
- ele se esqueceu que tem uma família querida, não se preocupe, agora somos eu e você - a mãe acariciava seus pequenos cabelos
oh se ela soubesse como katy amava quando fazia isso, ela com certeza teria feito mais vezes. 
- mas -katy ainda não satisfeita com a resposta argumentava- nós não podemos ser uma família sem o papai - murmurava triste - ele ainda nos ama, não ama? - perguntou a mãe
- oh katy por favor não complique mais as coisas por favor - sua mãe falou virando o rosto e limpando uma lágrima que escorria de seus olhos claros. 
- mas mamãe... 
- vá já para seu quarto katy - a mãe ordenou apontando para a imensa escada
Sem dizer nada a pequena subiu as escadas correndo. Muitas vezes foram assim, e após afundar sua cabeça em um travesseiro e chorar por horas ainda ouvia de seu quarto os gritos de sua mãe quando seu pai chegava, muitas vezes alcoolizado. Ela não sabia ao certo o que acontecia no quarto ao lado, mas poderia ter uma noção"
*flash back of*
Todas aquelas lembranças vieram a tona a partir do momento em que o vi ali em pé, de carne e osso em minha frente. Meus olhos automaticamente se encheram de lágrimas e o ódio cresceu em meu peito, o deixando apertado. Como se entendesse tudo o que eu estava pensando ao seu respeito me lançou um olhar de compaixão, sem dizer nada fez sinal para a cadeira em que eu estava, obviamente para eu sentar-me. 
Sentei ao lado de Luan que me lançava um olhar preocupado e ao mesmo tempo acolhedor, meu pai, Pattson, se sentou em nossa frente. 
- então - falou tentando puxar assunto - a cirurgia foi marcada, não é? - perguntou em um português enrolado para Luan
- ah, sim sim - Luan sorriu distraído - você tem certeza que quer fazer isso? - perguntou o encarando 
- totalmente - sorriu - sei o quanto isso é importante para você. 
- é muito linda, am, sua atitude - falei depois de um breve silêncio 
- obrigado - meu pai sorriu me encarando - e você, fofinha, o que me conta? 
"fofinha, fofinha, fofinha.." ele me chamava assim desde os meus três anos de idade. 
- eu, am - tinha uma certa dificuldade para falar - esta tudo bem comigo e com você? - perguntei 
- muitas coisas aconteceram depois que sua mãe faleceu -pausa- uma delas foi que, você me deixou. 
o encarei surpresa, como ele conseguia falar tudo aquilo com tanta facilidade?! 
- eu.. - fiquei sem ar 
- tudo bem - ele me surpreendeu ao falar antes que eu esforçasse para encontrar uma resposta - sei que tenho culpa sobre tudo isso e -pausa- se você quiser eu estou disposto a esquecer tudo isso e começar novamente - abriu um sorriso - o que acha? 
como ele tinha coragem de falar assim da minha vida, da sua vida? Como se fosse fácil esquecer todo o sofrimento que tivemos durante anos por causa dele. 
Fiquei sem responder novamente e o clima pesou, aquele realmente não estava sendo um bom almoço. Fiquei o observando pedir algo para bebermos e estranhei o fato de o garçom lhe servir suco. 
- parou de beber? - perguntei surpresa
- sim - sorriu - eu estou falando que mudei fofinha - aquilo soava tão irônico. 
- tenho até medo dessas mudanças - murmurei baixo o bastante apenas para Luan ouvir. Ele me lançou um olhar repreendedor e eu me senti uma criança. 
O resto do almoço foi "agradável". Ele e Luan conversaram bastante, graças a Deus porque assim eu quase não abrira minha boca. 
- quero que vá em casa - falou quando já estávamos de partida
- não sei se é uma boa ideia - comentei me referindo as lembranças de minha mãe
- por favor - pediu me encarando 
- depois da cirurgia - Luan sugeriu nos encarando - vamos ficar uns dias por aqui, creio que ela adoraria ir - ele falou no bom sentido
Nos despedimos e sumimos no dentro de um táxi a sua vista. 
- porque falou a ele que íamos? - falei nervosa assim que chegamos no quarto do hotel e nos certificamos que não haveria ninguém 
- eu fiz mal? - perguntou se sentindo culpado 
- sim - falei rapidamente - você não sabe nada da minha vida, você não tem o direito de sair falando que eu vou adorar ir em sua casa sendo que eu nem sei se ainda somos parentes! - joguei toda a culpa que estava em meu ombro no Luan 
ele me olhou surpreso e pude notar seus olhos lacrimejando, merda katy. 
- luan, desculpa - falei mas, tarde demais
ele caminhou rapidamente para dentro do quarto e acompanhada de uma batida na porta gritou - saia daqui, eu não sei de nada da sua vida!
- me desculpa por favor - falei batendo na porta algumas vezes sabendo que não iria ajudar em nada - eu estou nervosa, tenta me entender. 
- eu nunca vou te entender - murmurou 
- você precisa tomar seu remédio - falei para servir de uma desculpa pois o remédio estava ao lado de fora do quarto 
- já tomei - rugiu rapidamente
fui até o frasco e contei. 
- você esta blefando - murmurei voltando até a porta - pare de ser tão criança e abra essa porta, você precisa do remédio 
sem resposta encostei-me meu ouvido direito na porta e pude notar uma movimentação no quarto
- luan me responde, você ta bem? - o pânico me atingiu 
pude ouvi-lo correndo em direção a alguma porta e após trombar na mesma soltar um gemido. 
- luan? abre a porta - comecei a me desesperar e tentar abrir a mesma - por favor eu estou preocupada - comecei a pensar o pior - se isso for uma brincadeira, esta sendo de muito mal gosto. Olha, eu já pedi desculpa...
- katy - murmurou 
- o que você fez Luan? pelo amor de Deus abra essa porta
- eu trombei na porta do banheiro - falou um pouco firme - merda, esta doendo
- você esta bem? 
- aparentemente sim -pausa- tudo ta girando, eu não consigo me levantar para abrir a porta - falou com dificuldades
- você não esta brincando não é? porque se estiver, pode par... - ele me interrompeu
- katy eu não estou brincando, a minha cabeça -gemeu- esta sangrando
- oh meu deus - me assustei e comecei a girar a maçaneta freneticamente - fala comigo luan, eu preciso saber que você esta bem - o medo ja tinha tomado conta de mim 
fiquei em silêncio tentando pelo menos ouvir sua respiração forçada mas não ouvi mais nada, desesperadamente dei alguns passos para trás e corri em direção a porta. Eu não sei onde eu estava com a cabeça de fazer aquilo, talvez uma tentativa falha de abrir a porta, cai no chão com uma pequena dor no ombro. 
- merda - me levantei e tentei mais uma vez 
fui mais longe e corri. Corri como aqueles filmes, ok não vou mais exagerar, acontece que o possível amor da minha vida estava sangrando e qualquer perda de sangue seria prejudicial a sua saúde. 
Quando estava quase chegando na porta, outra batida me chamou a atenção, acompanhada de vozes virei para tras para ver quem era, acontece que meus pés não seguiram os mesmo movimentos de meu corpo. Eu me espatifei contra a porta, a batida foi tão grande que perdi o ar por alguns segundos 
- oh meu deus katy - marizete veio assustada me ajudar - o que aconteceu? 
eu a encarei, tentando me lembrar por qual motivo estava ali e então seu sorriso veio em minha cabeça
- o luan - apontei para a porta
- o que tem o luan? - bruna perguntava aos prantos ao meu lado
- chamem a ambulancia - consegui voz de não sei a onde e tentei me levantar - eu preciso ajudar o luan - falava colocando minhas mãos trêmulas no chão buscando um ponto de equilibro. 
vi os vultos se aproximarem da porta e arregalei meus olhos, afim de enxergar melhor. Marizete me abanava com um panfleto de, móveis?! E eu não consegui mais raciocinar nada. 
... 
Acordei em uma cama, desconfortavel, havia uma flor ao lado da mesma. Será que eu morri e esse era o céu?! Meus pensamentos foram atrapalhados por uma movimentação no quarto, espera, meu pai também estava ali, ele me olhava curioso. Será que também tinha morrido?!
- você esta bem? - perguntava preocupado
- onde eu estou? 
- você esta no hospital katy
minha cabeça começou a doer e o motivo pelo qual eu estaria lá seria porque minha cabeça sangrava? Não, isso aconteceu com Luan.. Oh meu deus Luan, apavorei. 
- cade o Luan? - gritei tentando me levantar mas uma dor imensa no braço me fez voltar ao lugar - ohh - gemi
- calma katy - meu pai me segurou - ele esta bem 
o encarei com a respiração ofegante  
- onde ele esta? 
- em outro quarto - murmurou - até nisso vocês combinam - riu mostrando humor
- o que quis dizer com isso? - perguntei o encarando
 - vocês dois estão internados
- o que aconteceu comigo? 
- você bateu contra a porta ao tenta-la abrir para salvar Luan, mas se desequilibrou e pronto, torceu o ombro - apontou para o mesmo que estava enfaixado 
- merda - murmurei - eu estou bem, quero ver o Luan!
- ele esta dormindo.. 
Um pouco depois de me acalmar o médico veio me explicar o que tinha ocorrido. Luan graças a Deus estava fora de perigo, ele dormia por causa da anestesia. Eu havia torcido o ombro, que ótimo. Teria que passar a noite no hospital. Meu pai ofereceu para ficar junto a mim mas segundo o doutor ele deveria descansar para a cirurgia que seria dali um dia, e eu também não estava afim de ficar com ele ali, querendo ou não me sentia totalmente desconfortável com sua presença. 
No meio da noite acordei com uma imensa vontade de ir ao banheiro, com muita dificuldade foi até o mesmo, fiz minhas higienes e tomei um banho, ou pelo menos tentei tomar um. Sem sono abri a porta do quarto e olhei para o corredor, deserto. Saí e comecei a andar pelo mesmo. Aquele hospital não me era estranho, quando era criança quebrei um braço, o mesmo que torci o ombro, e foi parar ali. Parei por um momento e me lembrei que não sabia em qual quarto Luan estava. Voltei todo o caminho até meu quarto e peguei meu celular, lhe mandei uma mensagem e em poucos segundos fui respondida. Com o número do quarto em mãos fui até o mesmo, com muito cuidado para não ser pega. 

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oi meninas, tudo bem? bom, como eu disse, meu final de semana seria corrido e não teria como eu postar. Pedi a colaboração de todas e também pedi para que não me abandonassem. Acho que não foi bem isso que aconteceu rs. O número comentários caiu de 32 para 11 e isso é uma grande diferença. 
Sempre converso com vocês e pergunto se estão gostando, o problema é a preguiça de comentar? me desculpem mas eu também me esforço pra caramba pra fazer um capítulo legal porque sei que vcs merecem. 
Se continuar assim terei que colocar metas para os comentários e só irei postar após atingirmos essa meta... Isso são vocês que irão me responder. 
espero que gostem. 




sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

17° capítulo

No final do dia o pessoal resolveu sair em casal, meus pais foram para um lado da cidade e bruna e guilherme foram para o outro. Katy me acompanhava sentada ao meu lado no grande sofá do hotel, assistindo a qualquer coisa que passasse na televisão. 
- você teve que fazer essa cirurgia? - perguntei a encarando 
- sim mas -pausa- foi um pouco mais complicada
- como? 
- foi em uma época que eu estava bem mal, digo, rebelde - me fitava - eu não queria nada com nada e fazendo a cirurgia só achava que ia piorar.. Eu já estava praticamente no fundo do poço, tudo ia de mal a pior e não estava nem ai para o que aconteceria depois.
- oh - fiquei surpreso 
- nem os médicos tinham mais esperanças, eu sobrevivi por um simples milagre - murmurou deixando seus olhares caídos sobre o chão 
- e você acha que isso não é bom? - perguntei a encarando seriamente
- antigamente eu achava que não - murmurou me encarando - mas hoje vejo que valeu a pena.. 
- e porque valeu a pena - perguntei com receio
- porque eu te conheci - falou envergonhada
dei um sorriso meio bobo e cheguei mais perto de sua face
- você acha que isso foi bom? - perguntei
- eu tenho certeza que foi 
- você acha que eu deveria te beijar agora? - perguntei colocando minha mão em sua nuca
- seria um desperdício dizer que não - soltou um riso e logo o abafei com meus lábios em sua boca
aprofundamos o beijo com leves mordidas, a deitei no sofá gentilmente e comecei a passar minhas mãos freneticamente pelo seu corpo que soltava um aroma refrescante. 
Sentindo o gosto do seu beijo, minha mente se desviou para a minha doença, com pouco folego a soltei e sentei em meu lugar novamente. Seguindo seu olhar, ela me encarava confusa, se sentou em silêncio. 
- me desculpa - murmurei apoiando minha cabeça com as mãos apoiadas no meu joelho
- o que aconteceu? - perguntou confusa - eu.. eu fiz algo? 
- não - a encarei - sou eu o problema 
- esse problema por acaso tem nome? 
- sim - murmurei me sentindo um completo idiota
- eu entendo - me mostrou um de seus sorrisos mais sinceros - você quer ir dar uma volta pro Londres? 
- hum, é uma boa - murmurei descontente comigo mesmo
*Katy narrando*
 ...
No outro dia pela manhã acordei com Luan ao telefone, pelo que entendi ele marcava algum encontro. Me olhou pelo canto de seus olhos e sorriu virando novamente para a sacada de onde estava. Após desligar o aparelho voltou-se para dentro. 
- te acordei? - perguntou baixinho 
- não - sorri - bom dia 
- bom dia - depositou um beijo em minha testa
- você.. am.. estava marcando um encontro? - não quis parecer interessada no assunto
- é - ficou pensativo - eu não sei se você irá gostar mas -pausa- eu preciso.. 
- ver meu pai? - perguntei já sabendo da resposta
- sim - murmurou - é por causa da cirurgia, espero que não se chateie 
- tudo bem - sorri - eu entendo, é para o seu bem.. 
- se eu soubesse que era ele o doador não teria aceitado - me olhou e sentou na cama - digo, por você, creio que não ficou muito a vontade com isso 
- realmente, meu pai era a ultima pessoa que eu esperava ver como doador -pausa- ainda mais seu doador.. 
- você acha que isso é uma simples coincidência ou é coisa do destino? - me perguntou com dúvida no olhar
-acho que.. -parei por um momento para refletir e a dúvida me atingiu - eu não sei - completei cabisbaixa
- tudo bem - murmurou - seja o que for - sorriu - estarei com você ta? 
- obrigada - lhe puxei para um abraço - am - o encarei - onde será esse encontro? - perguntei com a curiosidade exalando 
- por acaso você quer ir? - perguntou contendo a risada
- não tem graça - fiz bico - eu só.. não posso deixar você ir sozinho - falei lhe fazendo me dar os ombros
- vamos almoçar em um dos restaurantes aqui por perto, ele me pediu para que te levasse.. 
- pediu? - perguntei surpresa
- ele esta indo mais nesse encontro para te ver - falou irônico como se eu já soubesse
- meu pai nunca se importou comigo - murmurei
- talvez se importava mas demonstrava de um jeito diferente.. 
- eu não sei.. 
- olha - me olhou seriamente - vamos fazer um trato - sorriu travesso- se você quiser ir embora, me cutuque embaixo da mesa três vezes
- você é um idiota - tentei conter a risada
- eu estou falando sério - riu 
deixando o clima de descontração reinar dentro do quarto demos boas risadas com as gracinhas de Luan. Aparentemente ele estava bem, se a doença não estivesse o matando aos poucos. 
...
Um pouco mais tarde me via em frente a um espelho enorme que havia no quarto do hotel, mais de dez peças jogadas de qualquer jeito na cama me irritavam. Parecia que nada ficava bom. Luan entrou no quarto enquanto eu vestia a decima primeira roupa daquela manhã. Ele usava uma jaqueta de frio preta e uma touca azul marinho combinando com sua calça jeans escura, estava perfeitamente lindo. 
- eu já estou pronto - murmurou - mas vejo que você esta com alguma dificuldade
- é - falei cabisbaixa - eu não sei o que esta acontecendo, parece que nada fica bom.. 
Ele caminhou até mim e analisou meu corpo todo 
- é - prendeu seus olhares em meus seios - acho que estão maiores - o apalpou com uma de suas mãos
ei - dei lhe um leve tapa no ombro e me virei 
soltando uma gargalhada abafada se sentou na cama
- vá com algo que a deixe a vontade
- ok, sairei de lingerie - o encarei irônica - que tal? 
- desculpe mas, por mais que eu queira, você irá congelar lá fora - apontou para a janela
encarei a mesma e realmente, o tempo estava nublado. E o frio de Londres não chega nem aos pés do frio no Brasil. 
- venceu - murmurei voltando a me olhar no espelho 
Depois de longos minutos e de tanto Luan reclamar da demora escolhi uma roupa
antes de sairmos Luan me elogiou, me deixando constrangida. O pessoal também iria sair para almoçar em outro lugar e depois nos encontraríamos em um dos pontos turísticos de Londres. 
Uma vez dentro do táxi, após darmos o endereço do tal restaurante para o motorista, Luan me encarou apreensivo, lhe devolvi o mesmo olhar.
- você esta bem? - perguntei
- uhum - murmurou baixo sorrindo 
desviou seu olhar para minha mão, e a tocou com sua mão. Estremeci quando ele pegou a mesma e entrelaçou junto a sua. Deu um meio sorriso e começou a acariciar-me com seu polegar. 
Eu estava tensa, gelada talvez, e ele percebeu isso. Como se tivesse o poder da calma com seu simples toque, fez com que, de repente, todo o meu medo se desvanecesse no ar, restando apenas nossas respirações, ambas ofegantes. 
A freada do carro fez meu medo voltar, Luan rapidamente apertou minha mão contra sua palma e me enviou um de seus sorrisos tranquilizadores, mexeu sua boca em um sinal de "vai ficar tudo bem". Lhe devolvi o mesmo sorriso e assim saímos do carro. 
Na calçada um pouco antes de entrar, travei minhas pernas ao chão e quem disse que eu me movia de lá? Luan me puxou para eu o acompanhar mas eu não conseguia. 
- o que há de errado? - perguntou voltando para onde eu estava, intacta
- eu não sei se consigo - automaticamente meus olhos se encheram de lágrima
- eu estou aqui com você, nada vai acontecer - depositou um beijo em minha testa - esta frio e vamos pegar um resfriado se não entrarmos. 
Apesar de ser dia, o sol não havia dado a cara ainda, será que ele também havia se escondido com receio do que iria acontecer naquele almoço?!
Um pouco ainda travada Luan conseguiu me mover para dentro do tal restaurante. 
- Precisam de mesa? - uma senhora de meia idade perguntou em inglês assim que chegamos
- viemos encontrar Pattison Camp. - falei em sua língua
Luan não entendendo nada nos encarava atentamente
- oh sim - sorriu gentilmente - há uma reserva nesse nome, por favor venham - nos levou a uma mesa 
Ela estava vazia, após nos sentarmos e a mulher nos deixar a sós soltei um suspiro
 - sempre atrasado - deixei mostrar-me chateada em meu tom de voz
- não exatamente - uma voz conhecida soou atras de mim 
Senti borboletas no estômago, todos os sentimentos me invadiram de uma só vez, como se eu pudesse reviver toda a minha vida em segundos, eu virei para trás e o vi ali, agora aparentemente mais velho e.. aquilo era alguns cabelos brancos?!

***********************
vcs devem estar querendo me matar, ok eu entendo kk 
me desculpem, esses ultimos dias andei tão corrida que mal parei em frente ao computador! (milagre) 
mas enfim, o que acharam do capítulo e o que acham que irá acontecer agora? 
sinto clima de romance no ar ein?! hmmm 
precisamos conversar sério! 
não sei quando sairá o próximo capítulo porque esse final de semana estou cheia de compromissos e segunda volta as aulas, para quem não sabe estou indo para o terceiro, isso é: se matar de estudar, pois bem!
mas irei arrumar sempre um tempinho para postar ok? não irei abandonar vocês ou coisa do tipo, só não irá ter um capítulo a cada dia.. espero que entendam!
número de comentários caiu, espero que estejam gostando da história mesmo assim!
criticas, opiniões, mandem pra ca!
espero que gostem

indicando a fanfic da linda @paixaosantanars bora conferir?
cuidadocupido.wordpress.com

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

16° capítulo

olhei para trás assustada e não acreditava no que estava vendo, não podia ser ele. Após cumprimentar Luan ele me olhou nos olhos e ambos prendemos nossos olhares um no outro. 
- katy? - perguntou em um tom rouco
 - pai?!
....
Minha respiração ficou ofegante e um impacto grande me atingiu, depois de exatamente quatro anos sem vê-lo, o ver ali na minha frente me fez encher os olhos de lágrimas. 
Sem entender, Luan me encarou e viu minha expressão. Preocupado olhou para o homem de cabelos grisalhos que se encontrava em sua frente.
- e..eu esperei tanto por isso - o provável meu pai disse com a voz trêmula
- o que ele disse? - luan perguntou se virando para mim em dúvida
- o que você esta fazendo aqui? - perguntei em português ignorando sua fala sabendo que ele entenderia
- eu sou um doador - murmurou em um português meio enrolado 
- você nunca me disse que era um doador - contive as lágrimas e mantinha um olhar firme
- após a morte de sua mãe - falou com os olhos marejados - nós nos distanciamos demais e bem, depois que você me deixou eu nã... 
- perai - ri ironica e o encarei não acreditando em sua ultima fala - eu te deixei? Em que momento eu te deixei? - fiz uma pergunta retórica
- katy você... 
- você não tinha tempo para mim - falei me movendo para mais perto de si - você me disse que eu era um problema na sua vida - sem esforço nenhum deixei as lágrimas acumuladas descerem molhando meu rosto. 
- eu.. eu não tive a intenção de te machucar.. 
- mas machucou - murmurei limpando as lágrimas - parabéns por essa nova fase de salvar vidas porque depois de destruir a minha e a da minha mãe - ri ironica - só nascendo de novo - peguei minha bolsa e me movi rapidamente até a porta do consultório. 
- katy espera - Luan gritou tentando ir junto comigo mas fechei a porta rapidamente e sai dali. 
*Luan narrando*
Antes de ter uma nova tentativa de ir atras de Katy, o médico me chamou 
- Luan, precisamos resolver a cirurgia 
- olha, agora não é uma boa hora - o tal homem falava - se preciso eu marco um encontro com você - me encarou - eu preciso.. preciso de um tempo sozinho - saiu avoado mas deu meia volta e me encarou - meu telefone - me entregou um cartão - me ligue e marcaremos um encontro antes da cirurgia - virou-se e saiu do local. 
Um pouco assustado guardei o cartão em meu bolso, me despedi rapidamente do médico e segui andando rapidamente pelo hospital. Peguei meu celular e com receio disquei o número de Katy. Chamou várias vezes e foi para a caixa postal, tentei novamente e dessa vez ela atendeu. 
-  katy? - perguntei - você esta me ouvindo? fala comigo - pedia mas ela não falava nada - onde você esta? eu to indo ai... tu tu tu 
ela desligou, merda. Em poucos segundos uma mensagem dela chegou 
"pegue um táxi e vá para a rua 15 com a 18. Sua família esta te esperando lá, nos encontramos no hotel"
"me fale onde você esta, se não irei em todos os locais dessa cidade até te encontrar"
"você precisa descansar, é sério, eu estou bem"
"não sei porque mas não confio. Me fale onde esta, por favor?"
depois de longos segundos ela finalmente respondeu
"St James’s Park mas por favor, venha só"
Peguei o primeiro táxi que parou e lhe mostrei o endereço, ele prontamente seguiu para lá. 
Caminhando rapidamente por entre os matos e arvores observei a beleza que havia naquele local, era tudo muito lindo..
Andei mais um pouco olhando por todos os lados a procura de katy, a avistei sentada na grama de costas para mim, encarando a natureza e sentindo a leve briza tocar seus cabelos castanho claro. 
Indo ao seu encontro, sentei ao seu lado e a encarei. Ela abriu um sorriso tristonho ainda sem me encarar. Notei seu nariz um pouco vermelho e seu rosto meio inchado. 
- vai ficar tudo bem - murmurei a puxando para meu peito
sem hesitar ela grudou em meu corpo e soluçou um pouco, afaguei minha mão em seu cabelo e comecei a lhe fazer carinho. 
- não guarda nada dentro de você, chora, se liberta, alivia - murmurava em seu ouvido enquanto a ouvia chorar baixinho em meu peito. 
Um pouco depois ela se desgrudou de mim e limpou seus olhos, me encarou e sorriu. 
- obrigada 
suas bolas verdes dentro de seus olhos pareciam maiores e devido ao choro estavam irritados, vermelhos. 
- você sabe que poderá sempre contar comigo, não sabe? - perguntei a encarando
 ela afirmou com a cabeça e deu uma risadinha sem mostrar os dentes
- quero te ver sempre sorrindo - com o polegar das minhas mãos limpei suas lágrimas - não chora, pequena - alisei suas bochechas. 
Ela me olhou seriamente e eu acho que aquilo significava que iriamos nos beijar, sim eu estava certo, aos poucos foi chegando perto de meu rosto a ponto que nossas respirações estivesse ofegante. Com um impulso minusculo toquei seus lábios, poderia desenhar quantas vezes quisesse aquela boca que me seduzia sempre. Apenas sentindo o calor do momento, senti sua boca sendo aberta e um riso abafado saiu de lá, ri no mesmo instante e aproveitei para colocar minha língua de encontro a dela. Percorria por todo o espaço possível do céu da sua boca até o encontro de sua língua. Com pouco ar parei e a encarei, ela sorriu envergonhada e virou seu rosto, procurando um ponto de foco sem ser meus olhos. Ri de seu jeito tímido e depositei um beijo em sua bochecha rosada. 
- se toda vez que eu estiver mal você fazer isso, vou ficar mal sempre - riu descontraída
- eu posso fazer isso mesmo você não estando mal - ri tímido e continuei a olhando 
ela me encarou e olhou para minha boca rapidamente 
- o que quer dizer com isso? - perguntou sabendo da resposta
 - katy - me afastei um pouco para olhar toda sua face - você, quer ser minha?
- i..isso é um pedido de.. namoro? perguntou surpresa
afirmei com a cabeça envergonhado
 Seus olhos verdes claros se arreganharam e um sentimento de culpa me invadiu. 
- eu sei que esse não é um bom momento, se você quiser pensar eu te entendo, te dou um tempo para pensar e -pausa- se não quiser também eu vou entender...  - falei nervoso e tenso 
- luan eu - soltou um suspiro - eu não sei se estou preparada para isso.. 
- como assim? - perguntei
- você é famoso, depois que tudo isso acabar e você se curar -pausa- bem, você vai voltar a sua rotina, terá as mulheres que sempre quis novamente.. 
- mas só uma me interessa - murmurei chateado
- eu posso pensar? eu, estou confusa - falava olhando para frente
-claro, eu te entendo - fingi um sorriso e olhei para frente também
Aquilo foi o fim para o nosso assunto, e o silêncio já me incomodava profundamente. 
- eu estou com fome - murmurou me olhando - que tal irmos encontrar seus pais? 
 - é uma ótima ideia - coloquei um sorriso em meu rosto mas no fundo não estava nem um pouco feliz com sua resposta. 
Será que ela não gostava tanto assim de mim a ponto de querer ser apenas minha? Será que ela já era apaixonada por outra pessoa? E se agora que reencontrou o pai estivesse pensando em ficar em Londres? Eu não aguentaria.. Estava me torturando com meus próprios pensamentos dentro de um táxi enquanto não chegávamos.
- luan? - ela chamou me fazendo despertar 
- am oi - a encarei
- você esta bem? esta pensativo...
- estou pensando na cirurgia - sorri tentando convence-la 
- sei - sorriu - vai dar tudo certo.. 
Alguns longos minutos depois chegamos a um restaurante bem chique por sinal. 
- seus pais disseram que ja estão aqui - sorriu saindo do taxi.
Entramos e avistamos eles em uma mesa. Seguimos até lá e nos sentamos. Katy se sentou entre Bruna e minha mãe, e eu de cara emburrada sentei entre Guilherme e meu pai. Ficamos um de frente para o outro, não sei se isso seria bom. 
- e ai como foi no hospital? - minha mãe perguntou fazendo a mesa se calar
encarei katy e ela também me olhou, e agora?!
- am, foi normal - sorri ainda a olhando e depois seguindo o olhar para minha mãe - mas agora não é hora pra conversar disso né? 
olhei para katy e ela pronunciou um "obrigada" disfarçado e eu mostrei um sorriso dócil. 
Fizemos nossos pedidos e acompanhado de risadas e gracinhas tivemos um almoço tranquilo. 

*******************
olha quem voltei hahaha sentiram saudades? :x 
eu estava morrendo de saudade de vocês, sério! 
e ai, o que acharam? e essa reação do pai da kay e dela? será que vão conseguir se acertar? 
e o nosso moço galinha esta tomando jeito ein?! pediu kay em namoro, será que ela vai aceitar? quero palpites uhu 
me desculpem pela demora, acontece que cheguei hoje de viagem e foi correria demais, não tinha capítulo pronto e postei esse apenas para não deixar vocês sem capitulo haha se der saí mais um hoje, então bora comentar muito?! 
espero que gostem ♥



indicando a fanfic da nova leitora, esta no comecinho, bora conferir? http://ficwebnovelacomls.blogspot.com.br
























quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

15° capítulo

*Luan narrando* 
Após chegar em casa depois daquela tarde na sorveteria parei para pensar um pouco em minha carreira, meus fãs, mesmo depois de tudo isso continuam me amando. Eles são completamente perfeitos. 
Fui para o quarto e peguei o note, sentei na cama e esperei o mesmo reiniciar. Depois de conectar a internet abri o site do twitter, já estava logado em minha conta. Abri minhas mentions e elas não paravam um só minuto, comecei a ler o que elas me mandavam e a cada segundo que passava me emocionava mais. Sem querer favoritei um tweet de um fã-clube, parabéns para mim. No mesmo instante começaram a triplicar o número de mentions que estavam me mandando, achei melhor me prontificar. 
"@luansantana: e ai meus amors :x" 
"@luansantana: me desculpem por estar tão sumido nesses últimos tempos, minha vida ta um pouco corrida rs"
comecei a ler o que elas falavam e comecei a responder também..
"@lovaticdols: @luansantana mor que saudades de você!! me segue"
"@luansantana: @lovaticdols saudades tb, segui linda"
"@fcmscluanrafael: @luansantana cê ta bem parça?"
"@luansantana: "fcmscluanrafael eae parça, to bão e ocê?"
"@LuanJrGG2: @luansantana amor fala comigo"
"@luansantana: @LuanJrGG2 oi meu amorzinho"
"@ls_dasgauchas: @luansantana amor como ta o tratamento?"
"@luansantana: @ls_dasgauchas ta ino nega :x"
"@thisluans: @luansantana até careca é lindo haha te amo"
"@luansantana: @thisluans te amooo"
Continuei respondendo e seguindo elas, até ler uma reply na minha tl que me deixou um pouco mal. 
"@LSHeroi: luan só entrou aqui pra anunciar o namoro com essa tal de katy"
Será que era isso mesmo que todas estavam achando? Fiquei um pouco pensativo e logo tive uma ideia. 
"@luansantana: que tal uma twitcam mors? quem topa? :x"
comecei a ler todo bobo o que elas mandavam, e pareciam ter gostado da ideia. 
"@luansantana: perai q eu não sei ligar esse trem não rapais kkk"
Chamei Bruna no quarto e após uns 10 minutos ela conseguiu ligar, anunciei no twiter e em segundos já tinha mais de mil pessoas assistindo.
Twittcam
- eeeeeeeae meus amors -praticamente gritei- tudo bem com vocês? - encarei a tela e comecei a ler os comentarios - to mei sumido né? - ri - é charme - dei uma gargalhada - ceis viram que agora eu to careca né? - passei a mão na cabeça tirando o boné - isso significa que eu não tenho cabelo... - comecei a rir e fiquei lendo o que elas mandavam - ceis quer que canta é? ta bão, eu vou pegar o violão - falei me levantando e indo pega-lo na poltrona ao lado da cama. Sentei no chão com o note em uma espécie de banco e com o violão no colo - vai falem uma moda ai - comecei a olhar o que elas mandavam. Comecei a dedilhar o violão, pegando um tom e comecei a cantar Conquistando o impossível. 
clique aqui antes de continuar
no final acabei me emocionando um pouco. 
- eu, queria pedir desculpa a vocês - falei colocando o violão de lado - por todos esses anos sumido, por todo esse tempo sem dar noticias a vocês. Sei que não foi facil mas eu to melhorando - sorri - e eu prometi a mim mesmo que vou mudar - olhei para o chão - me desculpem se alguma vez já fiz vocês chorarem por idiotice das quais eu fiz mas tenho certeza que não vai se repetir. Eu quero agradecer vocês por tudo, depois que fui diagnosticado com essa doença achei que vocês se esqueceriam de mim mas a maior energia que eu recebo sempre vem de vocês! É muito engraçado a gente parar para pensar na nossa vida - sorri timido - porque você simplesmente não sabe quando ela vai te pregar uma peça, e se eu to aqui ainda é por vocês. Eu nunca vou desistir de vocês e espero que vocês nunca desistam de mim, eu prometo que vou me esforçar para ser o melhor ídolo do mundo para os meus melhores fãs do mundo! A gente é uma família e ninguém vai destruir isso, beleza? - falei quase chorando - bora alegrar rapais, daqui a pouco eu choro aqui e sou muito feio chorando - ri sozinho - vamo de música - peguei o violão novamente e comecei a cantar o que elas pediam. 
Um pouco depois algumas perguntaram sobre katy, esclareci que eramos amigos mas elas ainda estavam desconfiadas. Depois de mais ou menos uma hora e meia desliguei pois precisava tomar alguns remédios e descansar. 
(....) 
No outro dia acordei cedo, estava com uma pequena dor no abdome mas nada sério, devia ser a quimio. Tomei um banho e me troquei, desci e minha mãe estava tomando café junto com meu pai. Acompanhei eles e logo depois fomos para o hospital. 
Enquanto tomava soro o médico conversava comigo e com meus pais sobre a cirurgia. 
- acho melhor fazermos o mais rápido possível - ele falava me olhando
 - eu tenho chance de morrer nessa cirurgia? - perguntei apreensivo
- não - sorriu mostrando tranquilidade - o maximo que pode acontecer é seu corpo não aceitar a medula, ai devemos nos preocupar, mas isso é só mais para frente. Acho que seus pais e sua irmã já podem fazer um exame para vermos se eles serão compatíveis a você Luan, e faremos essa cirurgia o mais rápido possível. 
E assim se sucedeu, durante a semana meus pais e minha irmã fizeram vários exames, esperaríamos apenas alguns dias para sabermos o resultado. 
(...)
- ta com medo? - katy perguntou um dia quando estávamos em sua casa vendo um filme
- acho que o meu medo maior é não encontrar alguém compatível - murmurei pensativo - e se minha família não for, quem vai ser? - perguntei a encarando
- pessoas não vão faltar - murmurou me olhando - vamos esperar os exames saírem, se eles não forem poderemos postar isso na internet, vai que alguma fã ou amigo veja e faça o exame. 
- você tem ótimas idéias - sorri 
Continuamos assistindo ao filme abraçados. 
A semana passou feito uma tartaruga, acho que quanto mais esperamos por respostas mais ansiosos ficamos, e isso não era bom. Estava sempre no twitter conversando com minhas fãs, elas me acalmavam de uma tal maneira que nem eu sabia como explicar. 
No dia do resultado do exame fui tenso para o hospital, katy me acompanhou junto com meus pais e Bruna. 
- bem, era de se esperar - o médico nos entregou o papel com os resultados
- o que isso quer dizer? - perguntei assustado pegando o mesmo 
abri rapidamente e para minha surpresa nenhum dos três eram compatíveis. 
-m..mas e agora? - perguntei segurando as lágrimas 
- Luan, isso não significa que não teremos um doador para você. Vamos pesquisar e acharemos um compatível o mais rápido possível.   
*Katy narrando* 
Começamos a procurar junto do hospital um doador que fosse compatível a Luan, tentamos os voluntários da ONG, amigos, conhecidos, parentes, mas nenhum dava certo. O caso de Luan já estava ficando um pouco grave e a cirurgia teria de ser de emergência. Assim que postamos em redes sociais as fãs também se uniram e começaram a procurar conosco doadores, mesmo todas ajudando estava cada dia mais difícil. 
Um dia quando estávamos na quimio, o doutor chegou sorrindo na sala e encarou Luan. 
- achamos um doador! 
- sério? - Luan perguntou eufórico 
- sim - sorriu - mas só há um problema
- qual? - perguntei rapidamente com receio 
- ele não mora no Brasil. 
- uai rapais, e onde ele mora então? 
- Londres - falou 
- a gente vai pra lá - luan disse confiante 
- você aguenta? - perguntou o encarando seriamente
- claro - luan deu um sorriso que contagiou a todos ali 
- ótimo! iremos atras de tudo certinho, após a cirurgia você vai ter que ficar de repouso por lá. 
- eu não ligo - riu 
Marcada a data da cirurgia Luan insistiu muito para que eu fosse com ele, alegando não saber falar inglês e por eu já ter morado fora saberia o ajudar. Depois de muita insistência fiz minhas malas e fui com ele, seus pais e sua irmã que levou o namorado também. Seria como uma férias em família, e eu. 
Chegamos lá ao entardecer, Bruna tirou uma foto e postou 
"melhor cidade com os melhores @luansantana @kaycamp @guiwolf"
aquilo foi o suficiente para surgir rumores de que eu e Luan estávamos juntos, mas não ligávamos para isso
 que saudades eu estava daquela cidade, ela me lembrava muita coisa boa. Fomos para o melhor hotel de lá, como não sabíamos quanto tempo iriamos ficar, Luan resolveu pegar a suíte presidencial, da qual havia sala de estar e sala de jantar. Com três quartos embutidos. Não preciso nem dizer em que quarto sobrou para eu ficar não é?! 
Cansados da viagem resolvemos ficar por lá mesmo naquela noite, no dia seguinte Luan iria ao hospital para conhecer seu doador. 
Acordamos cedo e nos arrumamos, enquanto seus pais saíam com Bruna e o namorado para um passeio, eu e Luan fomos para o hospital, combinamos de nos encontrar depois.
Ao chegarmos pedi informação a secretária e ela nos indicou uma sala. Chegando lá um doutor já nos esperava. 
- Ola - ele disse em um fluente português - você deve ser o Luan? 
- sou eu mesmo - Luan sorriu lhe dando a mão 
- e você.. - murmurou me olhando 
- Katy - sorri lhe dando a mão 
ele sorriu e olhou para luan novamente. 
- o doador está um pouco atrasado mas acho que ele já vem.. - terminou de falar e uma voz reconhecível soou atras de nós.
- estou atrasado mas já cheguei - falou em inglês. 
olhei para trás assustada e não acreditava no que estava vendo, não podia ser ele. Após cumprimentar Luan ele me olhou nos olhos e ambos prendemos nossos olhares um no outro. 
- katy? - perguntou em um tom rouco
 - pai?!

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há peguei vocês, aposto que ninguém esperava isso hahahaha
surpresas? pois é, e agora ein?! 
mors, como vocês perceberam esse capítulo foi grande, aconteceu muita coisa e enfim, quero saber a opinião de tudo. Viram ele fazendo twitcam? own chorei de amores, e como vocês perceberam, tive a liberdade de pegar alguns users para dar uma graça a mais, espero que não se importem.. e não deu para pegar de todos, desculpem :x
o que vocês acham que vai acontecer agora ein? hmmm 
preciso conversar sério com vocês!
vou viajar amanhã e não sei se onde eu vou tem internet, então esse final de semana não vai ter fanfic.. espero que vocês entendam e não me abandonem por favor :( prometo recompensar depois!
bom, acho que é isso, vi nos comentários vocês pedindo foto da nossa pequena victoria, então aqui esta ela 
apaixonante, sim ou claro? hahaha
bom mors, espero que gostem! amo vcs ♥